CRÍTICAS DOS ESQUETES - 8º FESQ - por Jiddu Saldanha

MENINO DE MOONY NÃO CHORA
Grupo: Gene Insano Cia. de Teatro / RJ
Autor – Livremente inspirado na obra de Tenensee Williams
Direção – Anilia Franciska
Elenco: Leonardo Gall e Sonia Margarita


O ponto alto do espetáculo “Menino de Moony não Chora” foi o desempenho impecável dos atores Leonardo Gall e Sonia Margarita. Eles apresentaram ótimo equilíbrio na técnica de atuar e estavam bem equalizados no uso da voz. Tinham boa dicção e ótima projeção, tanto que foram indicados melhor ator e atriz.  O espetáculo valorizou bastante a arte da atuação. Os personagens eram ricos em recursos dramáticos, reproduzindo com perfeição o universo sombrio existente na obra de Tenensee Williams.
A proposta da encenação apresentou-nos uma profusão de elementos difíceis de juntar no palco; um telão ao fundo de grandes dimensões; um cenário que abria entre as extremidades do palco onde podíamos ver duas cadeiras eqüidistantes ligando os atores – praticamente imóveis – por uma espécie de “cordão umbilical”, este, formado por panos que complementavam o figurino das personagens. Tais elementos que se ligavam entre si, faziam a cena se desenrolar numa junção entre as partes e o todo.
O que faltou foi harmonizar a complexidade da proposta.
Uma cena tridimensional e essencialmente teatral parecia conflitar com a proposta da projeção de imagens no telão criando um problema de foco para a platéia que tinha de decidir entre o telão e a cena em si. Se por um lado o conjunto nos pareceu interessante, há que se aprofundar a pesquisa que identifique a real função de ligação dos elementos postos na cena.
No mais, a peça apresentou um conjunto harmonioso entre luz, interpretação e cenografia e levou o público a uma viagem multimídia onde o casamento entre diversas linguagens parece a um passo de dar certo.
Tenensse Williams: 1911 – 1983. Dramaturgo estadunidense nascido em Columbus, Mississipi, ganhador de diversos prêmios internacionais, considerado uma dos mestres do naturalismo do teatro mundial.



 (Jiddu Saldanha)

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CRÍTICAS DOS ESQUETES - 8º FESQ - por Jiddu Saldanha

COLEÇÃO PARANÓIA

Grupo Casa Bruta Coletivo de Teatro / Belo Horizonte – BH

Direção: Alessandro Aued

Autor: Criação Coletiva

Elenco: Júlia Marques, Lira Ribas, Pedro Plazzi, Ana Normand, Pedro Reis e Henrique Cordoval

Para além de um cena teatral em um festival de esquetes vejo neste “Coleção Paranóia” um experimento radical, uma espécie de postulado cênico visando uma outra possibilidade de interação com o expectador. Um espetáculo que causou forte sentimento de repulsa na platéia deixando marca indelével e que todos comentaram depois.

Cheguei a ouvir a seguinte frase de bastidores “este é um espetáculo que a gente odeia na hora e ama depois”! Pudemos constatar tratar-se de um trabalho com forte pesquisa e muito bem embasado e que produziu resultados condizentes com tendências que vão do teatro pânico de Fernando Arrabal ao cinema visual do chileno Alejandro Jodorowsky, com fortes referências aos mangás de Shintaro Kago.

O resultado foi um grupo de atores andróginos com grande vigor físico, executando cenas coreografadas e articuladas dentro da estrutura dos mangás, onde o grosseiro carregado de ironia, repulsa e deboche buscou confrontar valores das sociedades contemporâneas tendo como contraponto o forte tradicionalismo japonês.

Pude perceber que o grupo “Casa Bruta Coletivo de Teatro” esteve imerso numa pesquisa que aponta caminhos ousados e que busca na subversão total de costumes e padrões tanto éticos como estéticos, uma forma de teatro onde “o belo”, “o formoso” e “o bonito”, não interessam tanto. Antes, o grupo se ocupa do absurdo, do pânico e do maldito.

O que talvez tenha enfraquecido o desenpenho do grupo foi o que nos pareceu ser uma espécie de “teatro mensagem” onde o tema “aborto” foi colocado a partir de parâmetros bastante moralistas, não dando ao público, o tempo para refletir de forma mais profunda sobre a questão e/ou talvez a questão tenha sido colocada como uma discussão que parece um pouco anacrônica, não produzindo o desdobramento político esperado.

Talvez, a gama de informações e a complexidade da encenação tenha ofuscado o tema, ou o tema não seja mais tão polêmico nos dias de hoje.

Fernando Arrabal – (Espanha – 1932) Poeta e Dramaturgo espanhol, viveu grande parte de sua vida em parís e ficou conhecido por suas peças de teatro que flertavam com Teatro do Absurdo mas que foram ponta de lança do movimento Teatro Pânico. Peças como “Pic Nic no Fronte”, “Fando e Lis” e “O Arquiteto e o Imperador da Assíria” fizeram e fazem grande sucesso na dramaturgia mundial até os dias de hoje.

Alejandro Jodorowki - (Chile – 1929) Cineasta, escritor, poeta e performer, estudou mímica com Marcel Marceau nos anos 50 tendo, junto com Fernando Arrabal, criado o movimento “Teatro Pânico”. Fez o aclamado filme “Santa Sangre” que teve grande aceitação junto à crítica mundial. Atualmente trabalha com o cineasta estadunidense David Lynch.

Shintaro Kago – (Japão – 1969) – Escritor e desenhista, dedica-se ao mangá, sua obra é marcada pela escatologia, modificação do corpo, terror e quebra de padrões tradicionais da cultura japonesa. Arrebata uma legião de fãs pelo mundo todo, atualmente.

(Jiddu Saldanha)

CRÍTICAS DOS ESQUETES - 8º FESQ - por Jiddu Saldanha

MOVIMENTO MÍNIMO
Cia. Movimento Mínimo
Londrina – PR
Direção: Ceres Vittori
Autor: O Grupo
Elenco: Diego Trevisan e Cristiane Monteiro


Movimento mínimo surpreendeu o festival deste ano. Do ponto de vista da cena, dois artistas virtuosos com ótimo desempenho corporal conquistaram o público ao mostrarem leveza e ritmo capaz de provocar êxtase na platéia.
O espetáculo com um intenso rigor formal tinha uma proposta suave. A fluidez dos artistas dava um tom quase lírico às cenas despertando uma poética profunda e constante.
O ator Diego Trevisan e a atriz Cristiane Monteiro contracenavam de forma tão simbiótica que algumas vezes pareciam formar um plasma, dando à direção de Ceres Vittori um respiradouro para que pudesse fluir nos desenhos cênicos e nas formas corporais e na ocupação de fundo e centro da cena.
O espetáculo tinha um estranho equilíbrio, pois as cenas apontavam sempre para um mesmo lado e a movimentação dos atores iam de um lugar a outro do palco em tempos que se completavam de forma objetiva e isso proporcionava não só uma noção de equilíbrio como de limpeza e economia de signos.
O que sobra em vigor físico e ritmo corporal parece lhes faltar quando se trata do uso da voz. É bom lembrar que o texto tem um forte valor nesta cena, pois, ainda que seja bem curto não pode perder o sentido dramatúrgico que é fundamental e complementa o espetáculo.

(Jiddu Saldanha)

CRÍTICAS DOS ESQUETES - 8º FESQ - por Jiddu Saldanha

PAPO FURADO
Grupo: Chacrinha – Rio de Janeiro/RJ
Direção: Gustavo Martinez
Autor: Jô Bilac
Elenco: Leandro da Matta, Wana de Souza Cruz, Rosangela Andrade e Gilberto Machado. (atriz substituta – Aline Vargas)

Desopilando o Fígado.

A Comédia muitas vezes é considerada um gênero menor quando apresentada em festivais de teatro e isso gera uma espécie de preconceito ao contrário; nos perdemos em avaliações estéticas outras e esquecemos que o papel do teatro é fazer pensar e divertir, não necessariamente nesta ordem. A comedia ainda tem seu lugar quando nos deparamos com trabalhos desconcertantes como este desopilante “Papo Furado” do consagrado autor de esquetes Jô Bilac, realizado pelo grupo “Chacrinha” e dirigido por Gustavo Martinez.
Um dos segredos da comédia é que você precisa ter sempre um ótimo ator que faça a piada ganhar potência e talvez um ator melhor ainda fazendo o que chamaríamos numa linguagem mais popular de “escada”. Esta forma de fazer teatro é a fórmula perfeita para que a comédia se instale e ganhe seu devido valor.
O Esquete “Papo Furado” realizou a feliz surpresa de escalar um elenco cúmplice, divertido e com um ótimo jogo de cena, destacando os dois artistas centrais da trama com performances impecáveis. O Ator Leandro da Matta com sua verve cômica e ótima dicção dava o texto no tempo exato, coisa fundamental num teatro de comédia, já a atriz Aline Vargas, não menos aparelhada, destilava elegância, tempo preciso e desenvoltura corporal a cada nova investida o que fez o esquete ser alçado à categoria de bom teatro.
O que sugerimos para a melhora desta cena é um cuidado mais esmerado com a questão técnica, talvez uma luz mais ousada possa realçar as texturas cênicas sem competir com o brilho dos atores que, numa comédia são mais importantes do que tudo.

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A OUTRA HISTÓRIA DA BARBIE
Grupo Os Papibaquigrafos
Rio de Janeiro / RJ
Direção: João Sant’ana
Autor: Andrezza Abreu, Karina Ramil e Anita Chaves.

Espetáculo divertido e correto com uma ótima desconstrução do universo fake, vazio e estranho que é para nós, a cultura estadunidense, através de um de seus ícones, a popular boneca Barbie. A atriz que desempenhou o papel conseguiu apresentar um estilo que mostrava ironia e beleza numa movimentação corporal que ia do centro à frente da cena.
Com o texto na ponta da língua e o “taime” de humor, as duas outras atrizes davam ótimos apartes fazendo disparar o imaginário da platéia numa “viagem” que oscilava entre o ingênuo e o jocoso.
O humor ácido e muito bem articulado pela dramaturgia do texto fez a peça embarcar numa espécie de comédia blazé com pitadas ácidas de crítica sutil ao consumismo e “falta do que fazer”! Um deleite para o público que riu muito e captou a crítica social proposta nas entrelinhas do esquete.
Destaco também a combinação perfeita entre proposta cênica e visual, através de figurino e cenário e principalmente o jogo de cores que dava harmonia à comédia no seu entorno.
O que talvez possa ajudar o trabalho a melhorar é um pouco mais de concentração das atrizes em dar o texto com dicção e energia para que o trabalho não vire um emaranhado de piadas, ao invés disso, investir mais na carpintaria da arte da atuação, melhorando a voz e a respiração para que o resultado se harmonize mais com a proposta.

(Jiddu Saldanha)

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E SE FOSSE VOCÊ AQUI... EXATAMENTE AGORA.
Grupo: Clã de Nós – Rio de Janeiro /RJ
Autor: Léo Castro
Direção: Bruna Campello
Elenco: Léo Castro

O ponto alto deste esquete foi o brilhante desempenho do ator Leo Castro que, com uma olhar seguro e uma interpretação firme conseguiu arrebatar o público levando-o para todas as direções cabíveis sem perder o fôlego em nenhum momento sequer.
O ator vigoroso fisicamente e cheio de desenvoltura no palco parecia fazer com facilidade algo que exige muito já que não é tão fácil interpretar tendo que segurar a respiração do público para fazê-lo explodir em gargalhadas no momento certo.
Apesar da proposta da direção negar tratar-se de um stand up comedy, a proximidade com esta linguagem é notória e até nos  perguntamos se não seria melhor assumir a cena em sua vocação natural, porque não? Não vejo mal algum nisso!
Discussões e nomenclaturas à parte,  acho válido mostrar algo assim num festival com tendência panorâmica como o de Cabo Frio. Fica aqui, no entanto,  a sugestão para que este brilhante ator volte ao festival com um trabalho que possa atender a seus recursos dramáticos mais profundos. A cena “Se eu Fosse Você... Exatamente Agora” deu uma indicação de melhor ator ao Leo Castro mas talvez não tenha revelado as pinceladas mais sutis de sua forma de interpretar.

(Jiddu Saldanha)

RESULTADO FINAL - 8º FESQ

Melhor Figurino: Otto Caetano e Márcio Zatta (“A Mais Forte, Estruturada” – Cia Teatro da Estrutura – Rio de Janeiro / RJ)



Melhor Concepção Cenográfica: Cia Movimento Mínimo (“Movimento Mínimo”- Cia Movimento Mínimo - Londrina / PR)


Melhor Texto Original: Cia Movimento Mínimo (“Movimento Mínimo”- Cia Movimento Mínimo - Londrina / PR)


Melhor Ator: Ricardo Lyra Jr. (“Esperando” -Artecorpo Teatro e Cia – Niterói / RJ),


Melhor Atriz: Rafaela Solano (“Vanisse no País das Armadilhas” – Religare Cia de Teatro – Cabo Frio / RJ)


Melhor Direção: Ritchelli Santana (“Philip Glass Compra Pão” - Grupo Nós em Meio ao Caos – Rio das Ostras / RJ)


Três Melhores Esquetes:


“Phillip Glass Compra Pão” (Grupo Nós em Meio ao Caos – Rio das Ostras / RJ)


“Esperando” (Artecorpo Teatro e Cia – Niterói / RJ)


“Movimento Mínimo” (Cia Movimento Mínimo – Londrina / PR)


Júri Popular: “Papo Furado” (Grupo A Chacrinha – Rio de Janeiro / RJ)


Prêmio Especial do Júri: “Filme Noir”, pela Iluminação (Grupo Os Pataphísicos – Rio de Janeiro / RJ )

SELECIONADOS PARA A FINAL - DIA 28 DE AGOSTO

COMENTÁRIOS DE JOSÉ FACURY HELUY



8º FESTIVAL DE ESQUETES
Resumo dos Comentários do Debate

Terça feira
Debater espetáculos exige dos debatedores que tenham a capacidade de deixar de lado os seus gostos filosóficos/ estéticos, e partam para uma análise a partir da proposta dos encenadores e se seus objetivos foram alcançados. O analista com esses preceitos terá a tendência de basear suas considerações, a partir dos limites e possibilidades do elenco na captação dos elementos da encenação e até que ponto a direção teve os instrumentos necessários para extrair do elenco a unidade cênica pretendida. É sobre esse viés que procurarei levantar pontos desta  8º FESQ.
Parabéns à pré- seleção e aos grupos que conseguiram apresentar esquetes que fecham a dramaturgia em si mesma como convém aos fundamentos da escrita teatral e o bom diapasão vocal que tiveram ao contar com singularidade suas tramas, tanto na linguagem narrativa como na coloquial. Contudo, especificamente alguns pontos serão levantados para que nos ofereça questões interessantes para o enriquecimento do nosso cabedal teatral e quem sabe, possa acrescentar boas discussões ao próprio elenco. Então vejamos:

Na Virtuosa do Grupo Ganna de Niterói, como ponto a notar que a nosso ver, possa ter quebrado a unidade da proposta consiste no excesso de tônus interpretativo imposto à atriz em contraposição à excessivamente insegura composição do ator. Ora, o texto que já delineava isso não poderia ter essa medida reforçada em cena, por conta de colocar o espetáculo na linha da caricatura que não é a proposta da direção. Pois, nos diz bem claro do jogo entre “o realismo e o simbolismo para ampliar as possibilidades interpretativas”.

Em A Menina Escondida no Baú do Grupo Risco Teatral de São Pedro da Aldeia, a montagem conta a trama com singularidade e simplicidade sem se arvorar em composições e partituras corporais mais ousadas, que às vezes resvala para o monocórdio. As atrizes para saírem dessa morosidade rítmica realimentam os seus clímaces se esgoelando, o que em alguns momentos precisos fragiliza a força dramática do trabalho.

Philip Glass Compra Pão do Grupo Nós em Meio ao Caos de Rio das Ostras, nos apresentou uma comédia musical elaborada na desconstrução dos signos gestuais, corporais, vocais calcada no minimalismo ao que o texto se presta e galga assim tudo que pretendeu na experiência colocando um importante pé na linguagem pós dramática.

Em DRs do Grupo Actuarte do Rio de Janeiro, a forma naturalista, relaxada e sem nenhum compromisso com os fundamentos básicos da interpretação se foi a intenção da direção demonstrá-la, precisa ser mais bem trabalhada para que tudo não pareça apenas um jogo de situações improvisadas do elenco.

Em Vanisse no País das Armadilhas da Religare Cia de Teatro de Cabo Frio, vê-se uma elaboração onde a atriz disponibilizou-se ao seu encenador para ambos conseguirem trazer a medida certa das filigranas psicológicas, físicas e verbais para compor as ações e reações da personagem, imersa entre os estados da paixão, da dependência e da dor.

Em E Se Fosse Você do Grupo Clã de Nós do Rio de Janeiro, mesmo que o grupo diga em sua proposta que não se trata de um número de “stand up comedy”, argumentando que traz no seu bojo outras fontes de pesquisas, nos mostrou que nada disso vem ao caso. Pois, apresentar com singularidade e humor a narrativa das ações e reações do conflito imaginário interiorizando-as em breves recortes corporais e verbais denota a qualidade da composição. Talvez, tempos mais dramáticos desses “feedbacks” resolvam a questão negada na proposta escrita da direção.

Quarta feira
A segunda noite do 8º FESQ foi marcada por esquetes que apresentou indícios interessantes de trabalhos voltados à pesquisa cênica, ora nos tons interpretativos ora na inserção de elementos complementares ao teatro, mas que, a nosso ver, ainda estando em estados de investigação nos instiga a uma colaboração mais pontual para as suas construções.

Lagartos, Grupo Lagartos do Rio de Janeiro, infelizmente, as intenções do espetáculo em nos trazer as reflexões contidas na encenação não nos chegou, por conta da mesma ter ficado na intimidade do realismo pretendido. Esse condicionamento íntimo e umbilical talvez tenha imprimido uma pequena emissão vocal, deixando-nos bem distantes dos possíveis conflitos construídos por conta da audição.

A Mais Forte, Estruturada da Cia Teatro da Estrutura do Rio de Janeiro, foi um dos trabalhos apresentados que enveredou pelo plano da experimentação. Tudo que o Grupo descreve na sua proposta é realizado em cena de forma compartimentada: esboços de um frágil e repetitivo realismo que descamba quase sempre para um expressionismo forte e contundente. Ou seja, as partituras da encenação são todas muito bem feitas, tudo que cabe nos detalhes das composições estão presentes na cena. Agora, por que quando começamos a montar o nosso quebra-cabeça para entendê-la ou mesmo senti-la, ela não nos pega com todas estas perfeições mostradas? Será que a profusão de experiências sufocou o conta (ação) da trama? Essa é uma questão para o grupo resolver...

A Outra História de Barbie do Grupo Os Papibaquigrafos do Rio de Janeiro outra experiência que assumindo os breves momentos, assumidamente caricatos, buscou um elemento de pesquisa corporal mais raso, mas que não foi a fundo das suas possibilidades e até dos seus limites (a angústia da limitação) encontrados na articulação do boneco doméstico, talvez por acomodação da forma ou para não sacrificar o entendimento da trama. Uma situação totalmente oposta à do trabalho apresentado anteriormente. Portanto, apontamos a necessidade de um aprofundamento por conta das intenções de caráter investigativo contidas na proposta do Grupo.

Em Film Noir do Grupo Os Pataphisicos do Rio de Janeiro, nos trouxe uma experiência  movida apenas pela  reprodução da ação cinematográfica, onde o teatro serve como reprodutor do jogo, tendo o texto  apenas como um fluídico pretexto  para impulsionar as ações. A iluminação direta e indireta nos remete ao clima cinematográfico pretendido e tudo nos fica como mais uma das possibilidades de jogar com a cena, independente da dramaturgia. Nos fica como reflexão que as leituras cênicas dramatúrgicas podem ser construídas apenas de ações.

O Menino de Moony Não Chora do Grupo Gene Insano do Rio de Janeiro, nos conta a história narrativamente através dos personagens amarrados simbolicamente e redunda a ação na imagem projetada tentando resgatar o realismo contido no texto, o que nos suscita algumas propostas e reflexões. Por exemplo: diminuir o foco da ação corporal e gestual do ator, tudo bem! Isso pode nos remeter ao plano do psicológico que é uma dos meios de identificação do realismo. Então, por que, em sendo o grande desafio da pesquisa, a interseção da imagem, não construí-la pelo plano do psicológico e não apenas redundá-la a partir da narração frontal.

Em Selvageria no Elevador Vermelho do Grupo Os Despretensiosos de Niterói. Utiliza a linguagem do absurdo, buscando na trama da clausura inusitada a construção de dois tipos histriônicos que  se confinam e se identificam até não se suportarem mais. Alguma coisa aconteceu na cena, talvez uma excessiva aceleração corporal e vocal das ações e reações no restrito espaço cênico, que acabou fazendo com que o texto se perdesse naquele emaranhado de frissons femininos.

Em A Noiva Que Virou Santa da Cia Círculo Teatral do Rio de Janeiro, que primando por contar a história, ora narrando ora interpretando nos mostrou um trabalho simples e direto que em blocos de ação se desdobra como um coro em cena, remetendo-nos aos cortejos e procissões que fazem parte do nosso acervo místico cultural. O tom declamatório, em alguns momentos, apesar de necessário, fragiliza a composição, requerendo talvez uma maior atenção aos tons.

Quinta Feira
No geral, um dia de apresentações ainda em processos medianos para atingir resultados mais plenos das suas propostas, portanto as nossas considerações serão muito nesse sentido

O  Movimento Mínino do Grupo Movimento Mínimo de Londrina nos apresentou uma série de desdobramentos corporais mínimos que situa os personagens  entre a vida e a morte trazendo-nos uma dramaturgia de movimentos expressivos com rara beleza. As ações, reações e encaixes que vão se construindo com o elemento cenográfico coloca-nos no âmago dessa questão humana. O único e grave problema é que quando a fala acontece, ela não nos chega, fica abafada. Se nós nos propomos em uma montagem a dizer algo, além do corporal, há de ter trabalho para que tudo seja bem expressado.

Em Variações Sobre o Mesmo Tema do Grupo Sem Tema do Rio de Janeiro, vimos um interessante jogo coloquial construído a partir de tipos que poderiam ser mais trabalhados nos detalhes das suas composições, exigindo bem mais das possibilidades que os ótimos atores podem dar. Até porque a trama se trata de atores construindo personagens. Sem dúvidas, que o trabalho mergulhando mais em todos os elementos que os ajudem a construí-lo, ganharia na sua teatralidade, saindo assim, do primordial encontrado

Em Coleção Paranóia da Casa Bruta - Coletivo de Teatro de Belo Horizonte/MG, a experiência cênica demonstrada no espetáculo pautada no “sem sentido”, que é a fonte de pesquisa do Grupo e desconhecida por nós, mas que se assemelha com a linguagem do absurdo na generalidade das composições. Tudo nos pareceu profundamente visceral na elaboração estética do trabalho, que nos chega com uma tintura surrealista. Também, nos desdobramentos da busca existencial da personagem; esse embate com o real e o irreal acaba se perdendo no belo emaranhado das imagens, como se tudo isso também fizesse parte do mesmo “non sense”. Proposital ou não esse nosso sentimento de perda, nos fez falta.

Em Sonhos da Cia Aqueles do Teatro Instável de Cubatão, vimos, em cena, pontos de possibilidades infinitas para seguir tudo aquilo que Grupo propõe no seu projeto. Tudo está lá, desde a excelente composição das imagens que expõe todo o clima do pesadelo real requerido, até a interseção dos atores interagindo com as imagens, mas tudo fica apenas nos plano do ilustrativo com movimentos aparentemente soltos sem a teatralidade necessária que dê conteúdo dramático às ações.

 O elenco do Papo Furado do Grupo A Chacrinha do Rio de Janeiro, se diverte em fazer a comédia e por extensão atinge a platéia no que se propõe pela liberdade de composição que a direção deu à cena e pelo pontual tempo de comédia dos atores. Portanto, quando todos os objetivos requeridos são atingidos não temos muito a comentar, pois até as inclusões desnecessárias à trama, se mostram cabíveis desde que a inteligência esteja presente para provocar o riso.

 O jovem elenco em Pecados Pessoais de Volta Redonda se entrega de corpo e alma para resolver a difícil empreitada de mesclar cenas do cotidiano e emitir conceitos com uma verdade interpretativa tão visceral que os faz plenos no trabalho. Tudo acontecendo em desdobramentos coletivos contínuos, onde a entrega total, acaba deixando-os extenuados os fazendo recorrer aos gritos, nos clímax da maioria das últimas cenas. Uma correção na contenção do trabalho vocal os fará encontrar um tônus mais adequado às suas possibilidades,


Sexta feira
Um dia de montagens parcialmente resolvidas, tudo que você poderá sugerir não acrescentará nem para mais, nem para menos. Portanto a nossa análise será muito mais voltada ao que funcionou ou não na atenção do público.

O Bilhete da Sorte da Cia Cúpula de Teatro do Rio de Janeiro a meu ver apresentou um dos trabalhos mais bem elaborados desse festival. Os atores se desdobram nos tipos das suas composições ocupando toda a área cênica do palco em um jogo pantomímico visceral onde todos os seus detalhes reativos tendo como eixo propulsor a narração radiofônica das ações e os diálogos que se intercala, contribuindo para uma leitura apurada da encenação

Do Outro Lado do Grupo Entre Nós do Rio de Janeiro divide a responsabilidade difícil de dar vida cênica à descrição de uma mulher podada do encontro ao seu objeto de desejo que, mesmo a encenação tendo-a dividida em duas atrizes para facilitar o jogo dos estados psicológicos da personagem para dar mais liga ao excesso narrativo, não consegue alcançar climas dramáticos necessários para nos atrair nas nossas atenções.

Distorções do Grupo Isabel Stewart de Belo Horizonte nos traz um interessante exercício do teatro físico que navegando pelas áreas do patético, do lascivo, do acolhimento materno e da perversão para dar tônus às variadas reações de um relacionamento desfragmentado que incomoda, deixando na cabeça da platéia o asco pretendido. E que bom quando as proposições pretendidas no teatro são alcançadas.

Almondegas Surpresa do Grupo Bruzundangas do Rio de Janeiro, cria uma boa ambientalização cenográfica para acolher toda uma dissimulação de um casal no extremo da sua relação dentro de um realismo que, ficando, mais a mercê do potencial interpretativo de cada um dos atores expõem a trama com simplicidade, sem maiores contornos que enriqueçam o jogo.

Esperando do Arte e Corpo Teatro e Cia de Niterói, realiza uma composição, a partir de dois personagens clownescos nos estados negativos e positivos, dispostos a uma corda que se desdobra nas ações como em um simbólico “trouvaille” cenográfico que, ora os une ora os desune em um jogo interessante e bem composto nos seus estados d’alma.

O Ator Emparedado do Grupo Quarto de Teatro de São Gonçalo, é um magnífico solo construído entre a mímica visceral na interpretação das falas e a pantomima expressionista nos movimentos, onde é exposto toda uma gama de recursos e vigor cênico, dando-nos o vislumbre de entrarmos  no âmago e no arredor dessa dor irônica de um ator que no camarim se deixa consumir pelo seu próprio personagem.

“Somente a arte é capaz de nos trazer sobrevidas e somente o teatro é capaz de fazer com que toda uma platéia se esvaia em lágrimas quando ele próprio é palco para essa superação”.
(Dedicado ao Gregório ao Trajano e à Cacilda)

Resumo das análises feitas por José Facury Heluy
(Professor, autor, cenógrafo e diretor teatral)
Debatedor do 8ºFESQ

CRÍTICAS DOS ESQUETES - 8º FESQ - "A Mais Forte Estruturada"


A MAIS FORTE ESTRUTURADA
Cia Teatro da Estrutura
Rio de Janeiro – RJ
Direção: Marcio Zatta
Autor: August Strindberg
Adaptação: Marcio Zatta
Elenco: Otto Caetano, Diego Sant’ana, Cintia Travassos, Helen Maltach e Amélia Cristina.

Paleta de cores em cena.

A encenação do diretor Marcio Zatta traz um elenco competente e bem ensaiado, o espetáculo prima pela qualidade também no corte dos figurinos com cores que dão beleza ao espetáculo sem perder significado.
O esquete mostrou harmonia entre as diversas linguagens necessárias para se compor uma boa cena destacando bela iluminação e boa disposição dos atores que, com suas partituras corporais não perderam o elo com o público.
O público estava concentrado e manteve-se junto do exercício cênico do grupo “Teatro da Estrutura” foram momentos de respiração contida, espasmos, contemplação e fantasia culminando no que poderíamos chamar de prazer gerado pela estética.
O que comprometeu um pouco a encenação foi a voz dos atores, acobertadas hora pelo barulho do ar condicionado do teatro, hora pelo volume excessivo da sonoplastia, mas, talvez, por falta de adequação da voz do próprio elenco que deveria ficar atento aos fatores externos e projetar mais a voz. Infelizmente perdemos muito do texto que, por se tratar de Strindberg, tem forte valor no resultado final do trabalho que é totalmente centrado na dramaturgia.
Marcio Zatta, diretor mineiro tem um belo currículo, seus trabalhos se destacam no eixo Rio/São Paulo/ Minas Gerais, este ultimo, o estado onde nasceu.
Johan August Strindberg, escritor sueco, Nascido em 22 de janeiro de 1849, morto em 14 de maio de 1912 é um dos mais significativos escritores da escandinávia, sua obra, no entanto, ganhou a simpatia de grupos experimentais e circula com grande vitalidade pelos palcos do brasileiros desde o pós guerra.


(Jiddu Saldanha)

CRÍTICAS DOS ESQUETES - 8º FESQ - "Phillip Glass Compra Pão"


PHILLIP GLASS COMPRA PÃO
Grupo: Nós em Meio ao Caos – Rio das Ostras
Autor – David Yves
Direção – Ritcheli Santana
Elenco: Giul Ferreira, Marcela Jorge, Henrique Haddefinir, Lorenzo Prucoli e Ritcheli Santana

Não é surpresa que a aparentemente pacata Rio das Ostras tenha um grupo com tal nível de desenvolvimento técnico. Uma cidade que tem um festival nacional de teatro, um festival internacional de Blues e uma escola de teatro, certamente, está investindo na formação de jovens e atraindo fortes referências para seu território. Sendo assim, obviamente, não nos surpreende depararmos com um trabalho da magnitude deste “Phillip Glass Compra Pão”.
Este grupo é singular e inclassificável, prefiro fechar com a visão do mestre Facury que, em estado de êxtase se aproximou e disse: “Essa galera acabou de fazer pós-teatro” e parece que o público gostou.
Fiquei impactado com a tremenda criatividade e o nível de elaboração a que o trabalho chegou, apresentando um resultado bem acabado, enxuto e com um foco no ritmo cadenciado e diversificado. Um trabalho coreografado e rico em musicalidade e que pode ser apreendido até de olhos fechados.
O Grupo “Nós em Meio ao Caos” investiu na dramaturgia de David Ives, autor estadunidense nascido em 1950 e considerado um dos mestres da comédia contemporânea. Logo, um bom texto acompanhado de uma encenação segura e inventiva além de um elenco entrosado e bem ensaiado só podia mesmo dar no que deu; ser ovacionado pelo público que ficou feliz com a proposta.
O esquete “Phillip Glass Compra Pão”  teve como base a estética do também estadunidense Phillip Glass, que dá nome ao texto. Nascido em 1937 na cidade de Baltimore, ele estudou flauta e é considerado um dos pais do movimento minimalista. Seu trabalho ficou conhecido no Brasil, no início dos anos 80 e, atualmente, virou Cult, apreciado por pessoas que gostam de música, dança, cinema e teatro.
A peça teve seu ponto focal na excelência do elenco que, bem ensaiado, manteve-se presente do começo ao fim do espetáculo além de ótimo figurino e um cenário eficiente. A expressão corporal e vocal também colocou o trabalho em evidência.

(Jiddu Saldanha)

CRÍTICAS DOS ESQUETES - 8º FESQ - "Vanisse no País das Armadilhas"


VANISSE NO PAÍS DAS ARMADILHAS.
Grupo: Cia. Religare de Teatro – Cabo Frio / RJ
Autoria e direção: Marcelo Tosta
Elenco: Rafaela Solano
  
O Retorno do Bruxo
Marcelo Tosta conseguiu três proezas numa mesma cena: Consagrar o talento da atriz Rafaela Solano, afirmar sua estética e retornar ao festival de Cabo Frio em grande estilo. Sim, o bruxo voltou.
Seu esquete “Vanisse no País das Armadilhas” não tem limite em fazer ousadas provocações. Uma delas foi o de confrontar uma atriz negra e de corpo avantajado num papel de leveza e profundidade ao mesmo tempo, calando o preconceito de alguns “desavisados” entre o público que pareciam querer vaiar a atriz, mas acabaram por se render ao óbvio, Rafaela estava segura e bem ensaiada trabalhou pacientemente o papel e se afirmou nas marcas levando o público a aplaudi-la de pé.
Mas a provocação apenas começava!
Tosta criou um texto enxuto, com uma intrincada trama psicológica chegando ao topo de seu próprio estilo. Ele foi fundo na questão da infância destruída e abandonada e fez uma radiografia da violência familiar onde o cinismo e a falta de respeito para com as crianças nos foi mostrado com farto  recurso e primor teatral.
Queríamos diversão e a tivemos, mas não sem um preço a pagar.
A reflexão sobre a amargura dentro dos lares brasileiros e o buraco bem fundo que nos metemos todos os dias para tentar salvar o país de uma estagnação que dura mais de meio século.
Marcelo deu esperança aos jovens que fazem teatro em Cabo Frio. A cidade vem a quase uma década amargando uma tremenda falta de renovação nos quadros de atores. Toda uma geração migrou para o Rio de Janeiro e não se sabe se alguns dias voltarão, o fato é que a cidade está com poucos atores e a maioria dos grupos estão parados.
A falta de produção somada ao embate político diário que exacerba as brigas e ampliam rivalidades cegam a cidade de cumprir seu primoroso destino, o de ser a jóia rara onde dezenas de grupos se encontravam para festejar ditirambos à luz da lua e o som do mar. Felizmente temos o FESQ que sobrevive a todas as provações e mantém viva a chama do teatro na cidade.
Marcelo Tosta imprimiu força na interpretação da atriz Rafaela Solano que nos mostrou destreza para segurar o papel. Os desenhos de cena foram equilibrados e a voz da atriz fluiu forte e segura com pausas corretas e intervalos que, somados, criaram momentos de rara beleza.

(Jiddu Saldanha)

SELECIONADOS 8º FESQ - 2010

Agradecemos a participação de todos os grupos, com o recebimento de 211 inscrições de todo o Brasil.
A seleção abaixo já se encontra em ordem de Apresentação e Ensaios (intransferíveis), caso haja impossibilidade os suplentes serão prontamente contatados.
Atraso nos Ensaios não serão tolerados.
Merda pra todos!!!
Equipe FESQ


TERÇA 24:

01) GRUPO GANNA – NITERÓI/RJ (ensaio – 10:00h)
Virtuosa


02) GRUPO RISCO TEATRAL - SÃO PEDRO DA ALDEIA/RJ (ensaio – 10:30h)
A Menina Escondida no Baú

03) GRUPO LAGARTOS – RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 11:00h)
Lagartos

04) GRUPO NÓS EM MEIO AO CAOS - RIO DAS OSTRAS/RJ (ensaio – 11:30h)
Phillip Glass Compra Pão

05) GRUPO ACTUARTE - RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 12:00h)
D. R.

06) GRUPO RELIGARE CIA DE TEATRO - CABO FRIO/RJ (ensaio – 12:30h)
Vanisse no País das Armadilhas

07) GRUPO CLÃ DE NÓS - RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 13:00h)
E Se Fosse Você... Aqui, Exatamente Agora



QUARTA 25:

01) GRUPO A CHACRINHA – RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 10:00h)
Papo Furado

02) GRUPO CIA TEATRO DA ESTRUTURA – RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 10:30h)
A Mais Forte, Estruturada

03) GRUPO OS PAPIBAQUIGRAFOS – RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 11:00h)
A Outra História da Barbie

04) GRUPO OS PATAPHÍSICOS – RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 11:30h)
Film Noir

05) GRUPO GENE INSANNO COMPANHIA DE TEATRO - RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 12:00h)
Menino de Moony Não Chora

06)
 GRUPO OS DESPRETENSIOSOS – NITERÓI/RJ (ensaio – 12:30h)
Selvagerias no Elevador Vermelho

07) GRUPO CLUBE DA CENA – RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 13:00h)
Fumódromo



QUINTA 26:

01) GRUPO CIA MOVIMENTO MÍNIMO – LONDRINA/PR (ensaio – 10:00h)
Movimento Mínimo

02) GRUPO TEATRO CIRCENSE ANDANÇA – PETRÓPOLIS/RJ (ensaio – 10:30h)
Depois da Chuva

03) GRUPO SEM TEMA – RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 11:00h)
Variações Sobre o Mesmo Tema

04) GRUPO CASA BRUTA COLETIVA DE TEATRO – BELO HORIZONTE/MG (ensaio – 11:30h)
Coleção Paranóia

05) CIA AQUELES DE TEATRO – CUBATÃO/SP (ensaio – 12:00h)
Sonhos

06) GRUPO CIA CÍRCULO TEATRAL –RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 12:30h)
A Noiva que Virou Santa

07) GRUPO CIA DE TEATRO ARTE EM CENA - VOLTA REDONDA/RJ (ensaio – 13:00h)
Pecados Pessoais



SEXTA 27:

01) GRUPO CÚPULA DE TEATRO - RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 10:00h)
Bilhete da Sorte

02) GRUPO ENTRE NÓS COMPANHIA TEATRAL - RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 10:30h)
Do Outro Lado

03) GRUPO IZABEL STEWART – BELO HORIZONTE/MG (ensaio – 11:00h)
Distorções

04) GRUPO CIA7 – LONDRINA/PR (ensaio – 11:30h)
Mundo Cão

05) GRUPO COLETIVO [ENTRE] TEATRO E DANÇA – CONTAGEM/MG (ensaio – 12:00h)
Suave [in] Pura Brancura

06) GRUPO CIA QUARTO DE TEATRO - RIO DE JANEIRO/RJ (ensaio – 12:30h)
Ator Emparedado

07) GRUPO ARTECORPO TEATRO E CIA – NITERÓI/RJ (ensaio – 13:00h)
Esperando...



SUPLENTES* (em ordem de seleção):
01) LIA SARDINHA – PETRÓPOLIS/ RJ
Antenor

02) CIA BRUZUNDANGAS DE TEATRO – RIO DE JANEIRO/RJ
Almôndegas Surpresa


CURADORIA:
Eduardo Luca e Júnior Santana


EDITAL 8º FESQ

FINALIDADE
O 8º FESQ que será realizado no Teatro Municipal de Cabo Frio, nos dias 24, 25, 26, 27 e 28 de agosto de 2010, incentiva a produção e a criação teatral, por meio de cenas curtas de teatro (esquetes), de grupos teatrais amadores ou profissionais.

TEMA
O tema é livre, portanto serão aceitos textos inéditos ou consagrados, incentivando assim a pesquisa sobre teatro e a divulgação de novos dramaturgos. Não há distinção em relação à linguagem cênica, podendo competir esquetes de qualquer estética (drama, comédia, musical, manipulação de bonecos...).

PARTICIPANTES
São aceitos grupos amadores e profissionais. Os grupos devem ter de 01(um) a 10(dez) participantes em cena - lembrando que o 8º FESQ conta com operadores de som e luz disponíveis para os grupos, além de equipe completa de contra-regragem. Cada grupo deverá eleger seu representante, que será o responsável pela inscrição, comunicação com a produção do evento e pelo grupo. Os grupos poderão se inscrever com quantos esquetes quiserem, o que poderá acarretar na seleção de mais de um esquete/grupo ou não.

APRESENTAÇÃO
Os trabalhos deverão ser entregues impressos em envelope lacrado, constando o nome do grupo e o título do esquete. É necessário que dentro desse envelope contenha todas as seguintes informações:

A – Ficha de inscrição completa (em anexo no fim do edital);
B – Texto da encenação em quatro vias;
C – Texto com uma página contendo a proposta de encenação do esquete (arrumação cênica, utilização de objetos, mapa de luz e outros aspectos relevantes da encenação).
D - Sinopse do esquete;
E - Concepção de direção do esquete;
F - Autorização de direitos autorais do texto, caso seja necessário.
G - Autorização para menores de idade (com autenticação em cartório);
H - DVD com a gravação do esquete ou ensaio (sem edição);
I - Comprovante de depósito da Taxa de Inscrição;
J - CD com fotos do grupo/esquete para uso da produção em divulgação e afins (ensaios, do grupo, etc);

O ITEM A SEGUIR DEVE SER ENVIADO OBRIGATORIAMENTE POR E-MAIL NO ATO DA INSCRIÇÃO: e-mail: festivaldeesquetesdecabofrio@hotmail.com
K – Ficha de inscrição completa (arquivo .doc - word);

INSCRIÇÃO
A inscrição só será aceita com a apresentação completa dos documentos especificados no item anterior, no período de 01 de março à 30 de julho de 2010.
Será cobrada uma taxa de inscrição no valor de R$ 30,00 por texto/grupo, que deverá ser depositada no Banco Bradesco – Agência 0588-6 / Conta Poupança: 0051718-6, em nome de Yuri da Silva Vasconcellos. Esta taxa não será devolvida caso o grupo não seja selecionado ou em caso de desistência. A inscrição será efetuada quando for confirmado o depósito, e por si só, não habilita o espetáculo como participante deste Festival.
O modelo da ficha de Inscrição se encontra no final deste edital e mais informações ou dúvidas no site: www.fesq.com.br , e pelo e-mail: festivaldeesquetesdecabofrio@hotmail.com

As inscrições devem ser enviadas para o seguinte endereço:
8º FESQ - Av. Teixeira e Souza - 501 /401 – Centro - Cabo Frio –RJ - CEP 28907-410

OBS: Os grupos inscritos deverão estar disponíveis em toda a data do 8º FESQ para sua apresentação, salvo exceções comprovadas e pré-informadas no ato da inscrição.

SELEÇÃO E RESULTADO
A seleção será feita a partir dos textos, propostas de encenação e DVD apresentados (julgados por uma comissão composta por profissionais da área teatral). Será selecionado o total de 28 (vinte e oito) esquetes, que se apresentarão nos dias 24, 25, 26 e 27 de agosto de 2010 (sete esquetes por dia). Somente no quarto dia de apresentação (27 de agosto - sexta) serão divulgados os 06 (seis) esquetes selecionados, que estarão classificados para reapresentação no dia 28 de agosto – sábado.
A coordenação do evento entrará em contato com os representantes dos grupos selecionados para maiores informações sobre as apresentações. O resultado dos esquetes selecionados será divulgado por telefone e e-mail, além de listagem no site www.fesq.com.br dia 09 de agosto de 2010 as 16h.

ENSAIO TÉCNICO
O palco do Teatro Municipal de Cabo Frio estará à disposição dos grupos selecionados a partir das nove horas da manhã dos dias em que forem as suas respectivas apresentações e será destinado ao ensaio técnico. Cada grupo terá 20 minutos. Nestes ensaios técnicos, serão definidas as marcas de luz e a sonoplastia (utilizando o material de iluminação e som postos à disposição pela produção). Este ensaio é intransferível.


DIREITOS E DEVERES
Cada grupo é responsável pelas suas despesas com transporte e alimentação.
Todos os itens de apoio técnico específicos do esquete (cenário, extensões elétricas, objetos cênicos e afins) deverão ser trazidos pelos grupos.
Será oferecida pela produção a hospedagem gratuita em alojamento coletivo.
Caberá a produção do evento, oferecer os operadores de Luz e Som e uma equipe para montagem dos cenários.
Os grupos participantes, ao se inscreverem cederão o seu direito de som e imagem na participação no 8º FESQ, para uso da produção, por tempo indeterminado.
Os 6 (seis) grupos indicados aos prêmios de melhor esquete se reapresentarão no dia 28 de agosto de 2008 obrigatoriamente.

APRESENTAÇÃO DOS ESQUETES
Cada grupo selecionado terá de 10 a 20 minutos no máximo para cada apresentação (com tolerância de dois minutos). Qualquer tempo inferior ou superior ao estabelecido desclassificará automaticamente o grupo.
24 de agosto – sete esquetes
25 de agosto – sete esquetes
26 de agosto – sete esquetes
27 de agosto – sete esquetes
28 de agosto – seis esquetes finalistas

JURADOS
Os jurados selecionados serão profissionais qualificados e atuantes no campo teatral.

PREMIAÇÃO
Premiação em espécie, além de certificados para todos os participantes e troféus artísticos para os premiados.
Um novo júri composto por profissionais de alto conhecimento teatral fará a análise técnica e a indicação da premiação durante os dias do 8º FESQ. A seleção de premiação seguirá o critério individual dos membros do júri, cuja decisão será soberana e irrevogável.
A produção do 8º FESQ reserva-se ao direito de não premiar quaisquer dos itens que julgar aquém das expectativas, bem como criar novos prêmios. Serão concedidos na noite de encerramento do Festival, Certificados de Indicação e Certificados de Premiação para:

- Os três melhores esquetes: seis indicações;
- Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Figurino, Melhor Concepção Cenográfica, Melhor Texto Original: três indicações para cada categoria;

Os Três “Melhores Esquetes” – R$ 1.500,00 (cada um)
Melhor Ator – R$ 600,00
Melhor Atriz – R$ 600,00
Melhor Direção – R$ 600,00
Melhor Texto Original – R$ 400,00
Melhor Figurino – R$ 400,00
Melhor Concepção Cenográfica – R$ 400,00
Melhor Esquete Júri Popular – R$ 500,00
TOTAL DE PREMIAÇÃO - R$ 8.000,00 (Oito mil reais)
A premiação acontecerá dia 28 de agosto (sábado) ao final das apresentações.

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FICHA DE INSCRIÇÃO (modelo)

NOME DO GRUPO:
NOME DO ESQUETE:
Duração:
Direção:
Autor:
Nº de participantes em cena:

NOME dos Atores/Atrizes/Ténicos (especificar função do técnico):
(tel, idade, RG ou CPF, e-mail)

REPRESENTANTE DO GRUPO:
(tel, idade, RG ou CPF e e-mail)

Atrizes/atores - Personagens:
(Nomear cada personagem com seu ator/atriz)

Eu, _______________________________________,
CPF:___________________________, como representante acima descrito, assumo a responsabilidade pelo grupo e respondo pela veracidade das informações acima mencionadas.
Assinatura do representante:_______________________________________

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CONTATOS
8º FESQ – www.fesq.com.br
Email: festivaldeesquetesdecabofrio@hotmail.com Twitter: @fesqcabofrio
PABLO ALVAREZ (22) 8806-5116 / (22)7836-3893 ID: 88*3320
YURI VASCONCELLOS (22) 8809-4578